Bia Bier

Os primeiros passos para entender um pouco sobre cervejas!

copos de cerveja

Afinal, o que é a cerveja? Muitas pessoas bebem, outras gostariam de aprender mais e outras nem ao menos gostam de apreciar essa bebida.

Escrevendo então, de uma maneira bem simples, cerveja é qualquer bebida fermentada vinda de um cereal. Bem simples essa maneira que escrevo ok?? É realmente para expor à você, uma maneira bem fácil de entender um pouquinho mais sobre a cerveja.

Imagem de carolineandrade por Pixabay

Basicamente, a cerveja é feita de quatro ingredientes:

Grãos: utilizamos principalmente a cevada maltada, mas também fazemos cervejas com outros grãos. Podemos utilizar o trigo, o sorgo, o centeio…

Lúpulo: é um dos responsáveís por dar o amargor e o aroma nas cervejas. É cultivado em diferentes variedades e cada uma delas tem suas características.

Levedura: é quem realmente faz a cerveja. Ela transforma todo o açúcar proveniente do malte, em álcool (etanol) e CO2 – Gás Carbônico (dióxido de carbono). Fermentação!

Água: é a responsável por quase 96% da cerveja. Ela define estilos! Ela dá características à cerveja.

O malte é um dos ingredientes básicos da cerveja. Ele proporciona ao líquido sagrado, algumas características:

Cor: a cor dos grãos que utilizamos para produzir a cerveja afeta diretamente a cor da cerveja. Se utilizamos grãos torrados por exemplo, a cerveja será provalmente mais escura. Digo provavelmente pois depende muito da quantia de grãos utilizadas. Mas o grão dá à cerveja, a cor! Cervejas claras são feitas com maltes claros. Cervejas escuras são feitas com maltes escuros.

Sabor: o malte dá a doçura da cerveja. Ele fornece o açúcar para a levedura. Alguns açúcares a levedura consegue consumir, outros não. Esses açúcares que a levedura não consome, são os açúcares residuais.

Proteínas: as proteínas dos grãos vão ajudar muito na espuma da cerveja. Uma cerveja com colarinho é fundamental!

Maltose: maltose é um termo utilizado para todos os açúcares fermentescíveis, ou seja, os açúcares que as leveduras consomem. Esses açúcares são provenientes do malte, dos grãos.

Dextrinas: esses são açúcares que as leveduras não conseguem consumir. São os açúcares residuais na maioria das vezes. Eles podem ser “quebrados” com enzimas, já utilizadas hoje em cervejarias. Isso deixa a cerveja mais seca, com menos corpo e consequentemente, menos açúcares. As dextrinas são componentes dos grãos, responsáveis pela sensação de corpo ou viscosidade da cerveja. As dextrinas ajudam a criar a “textura” da cerveja.

A cerveja teve seu desenvolvimento ao redor do mundo graças aos grãos. Onde crescia grão em abundância, com certeza, haveria a chance destes grãos se tornarem parte da produção de cerveja.

cerveja em lata

Imagem de Rudy and Peter Skitterians por Pixabay

Os asiáticos usavam o grão de arroz para produzir cerveja, os mesopotâmicos utilizavam a cevada, os americanos usavam o milho, os africanos usavam o sorgo e os europeus utilizavam o trigo. Entende aqui a semelhança dos estilos das cervejas existentes hoje, com os ingredientes da época? Os ingredientes da região, portanto, eram os responsáveis por definir muitas vezes, o estilo da cerveja.

Com o tempo, a cevada foi estudada e descobriu-se então que ela seria o melhor grão para ser utilizado na produção da cerveja. Não que os outros grãos fossem descartados para o uso da produção de cerveja, mas a relação entre amido, proteínas e enzimas que o grão de cevada possui, passou a ter um peso maior entre todos os outros grãos.

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Já o lúpulo tem outras características importantes na cerveja. Abaixo suas principais contribuições à nossa bebida fermentada:

Amargor: uma das principais características para a cerveja. O amargor do lúpulo é fundamental para uma cerveja balanceada. Imagine uma cerveja sem lúpulos! Seria tão doce e enjoativa, que seria muito difícil de beber.

Sabor: os lúpulos também são responsáveis pelos sabores da cerveja. Ele pode conferir um sabor de maracujá, por exemplo, manga, limão…

Aroma: os lúpulos são responsáveis pelo aroma da cerveja também. Isso tudo é por causa dos seus óleos essenciais, uma substância encontrada na glândula de lupulina. Esses óleos são super importantes para nós, cervejeiros caseiros, e também, claro, para os cervejeiros em geral, apensar de constituirem em apenas 0,5 a 3% do peso total da flor do lúpulo. Como curiosidade, hoje, sabe-se através de estudos, que existem mais de quinhentos compostos aromáticos já isolados nos lúpulos. Isso mesmo! 500!

Estabilidade: toda a estabilidade da cerveja é também relacionada diretamente ao lúpulo utilizado. Conservar a cerveja é papel do lúpulo. O lúpulo é um conservante natural da cerveja, ele evita a contaminação da cerveja por bactérias.

copos de cerveja

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Quando fabricamos uma cerveja temos que escolher qual levedura iremos utilizar. Temos que escolher qual família de levedura. Soou estranho? Mas é isso mesmo!

Existem duas principais classificações das famílias de leveduras: as leveduras ales e as leveduras lagers. Existem outros tipos de leveduras também, como as selvagen (Lambics) mas isso falaremos em outro post.

Leveduras Ales: Alta fermentação (entre 18ºC e 24ºC aproximadamente)

Leveduras Lager: Baixa fermentação (entre 07ºC e 14ºC aproximadamente)

Já a água, nosso útimo ingrediente citado acima, é de extrema importância na produção da cerveja.

Pense, um copo de cerveja pronto possui entre 90% a 95% de água em sua composição.

Todo o “conteúdo” de minerais presentes na água, ou não, pode ser ajustado de acordo com o estilo de cerveja. Então uma água boa, sem cloro, sem contaminantes, é uma água boa para a produção de cerveja.

Carbonato, Cloreto, Cálcio, Magnésio, Sulfato, Sódio e Sulfato são os principais íons presentes na água cervejeira.

O assunto estende-se e sempre digo, cerveja é estudo diário! Quer aprender mais sobre isso?

Aproveita que eu tenho um curso online sobre produção de cerveja em casa. Você vai adorar!