Bia Bier

O que é uma cerveja puro malte?

Agora é moda né, ouvir falar em cerveja puro malte! Mas afinal, o que isso significa?

Quando lemos ou ouvimos que uma cerveja é puro malte, siginifica que ela possui somente o malte como sendo sua fonte de açúcar, afinal, para que uma cerveja realmente “vire” cerveja, é necessário a fermentação. E para a fermentação é necessário o açúcar!

Agora, puro malte pode ser malte de cevada, malte de trigo…enfim!

malte pale ale

malte é um dos principais ingredientes da cerveja, sendo produzido principalmente a partir dos grãos de cevada, que são umedecidos e colocados para germinar.

Depois que os brotos nascem, o grão é secado e torrado para deixar o amido mais disponível para produzir a cerveja. Assim, o malte de cevada passou por um processo de malteação.

Existem cervejarias que utilizam outras fontes de açúcares como por exemplo o milho, o arroz…E porque usam outras fontes de açúcares? Bem, primeiro pelo custo mesmo. Utilizar o milho ou o arroz como fonte de açúcares para a fermentação, pode baratear a produção da cerveja. Mas não é só isso não, o milho e o arroz, por exemplo, também possuem outras funções como dar mais leveza a cerveja.

A utilização aliás de adjuntos na produção da cerveja vem sendo feita com muita frequencia e isso não significa que a cerveja é ruim.

Os adjuntos podem ser definidos como cereais maltados ou não maltados (cevada, arroz, trigo, centeio, milho, aveia e sorgo, integrais, em flocos ou a sua parte amilácea), assim como amidos e açúcares de origem vegetal, acrescidos ao processo cervejeiro, visando a substituição parcial do malte ou do extrato de malte.

O assunto vai longe e já foi e ainda é motivo de muito mimimi na internet. Não significa que uma cerveja puro malte é boa e uma cerveja que utiliza outras fontes de açúcares seja ruim. Aliás, tem muita cerveja puro malte ruim no mercado e cervejas muito boas feitas com adjuntos. Tudo vai depender mesmo do processo e outras coisinhas mais! Ou outras coisonas mais….(heheh)

Quando falamos em cerveja puro malte, lembramos rapidamente da Lei da Pureza Alemã promulgada em 1516, quando o Duque da Baviera Guilherme IV, instituiu a lei.

O nome desta Lei é Reinheitsgebot

Uma palavra bem grande, de difícil pronúncia, além claro, fácil de pronunciar para os alemães!

Essa lei significa que quando uma cerveja segue a lei da pureza alemã, ela é feita somente de água, malte, lúpulo e levedura.

No início desta lei, a levedura ainda nem era conhecida e com isso, a Reinheitsgebot abordava a água, o malte e o lúpulo como seus três principais ingredientes. Mais para frente, depois de Louis Pasteur trazer seus estudos a público e descobrir que existia a tal da levedura, essa então passa a ser parte da lei!

Louis Pasteur foi responsável por pesquisar as alterações do vinho e da cerveja, descobrindo então que o vinho se transforma em vinagre sob a ação do fermento Mycoderma aceti. Para evitar a degeneração, criou o processo chamado pasteurização. O processo de pasteurização passou a ser usado para a conservação do leite, da cerveja e de outras substâncias, tornando-se de fundamental importância para a indústria de alimentos e bebidas fermentadas.

Aqui no Brasil, temos uma legislação com relação a produção de nossas cervejas!

Segundo a legislação brasileira – decreto nº 6.871, de 4 de junho de 2009, que regulamenta a lei n° 8.918, de 14/07/1994 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) – parte do malte de cevada pode ser substituída por adjuntos cervejeiros, que não devem exceder 45% em relação ao extrato primitivo, sendo considerados adjuntos a cevada cervejeira e outros cereais maltados ou não maltados, assim como amidos e açúcares de origem vegetal.

Agora fica com você. Experimente as cervejas puro malte, compare com as cervejas feitas com outros ingredientes. Reflita e siga sua preferência.

E lembre-se: as cervejas boas, são as que degustamos nas melhores companhias!

Um brinde!